Há pouco mais de uma semana, este jornal publicou a tragédia pessoal de um jovem de 27 anos que foi parar nas ruas após perder tudo em jogos e apostas pela internet. Uma história, mas não a única, diante da avalanche de sites e aplicativos dessa natureza que, chancelados por figuras públicas, de jogadores de futebol a influenciadores, vendem a ilusão de que é impossível perder dinheiro. E o pior: tudo ao alcance das mãos, nos celulares. O Banco Central, ao divulgar dados de movimentações bancárias relacionadas às apostas esportivas na semana passada, provocou uma onda de indignação, com reações na cúpula de Brasília, que até então lidava com passividade com o problema. Afinal, não há como não se impressionar com as cifras: a autoridade monetária divulgou que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família enviaram, apenas por Pix, cerca de R$ 3 bilhões para as plataformas de apostas on-line, as chamadas bets. Isso somente em agosto passado. Ora, um levantamento...