A Polícia Civil do Maranhão prendeu, em São Paulo, Josué Santos da Silva, conhecido como “Gaspar”, apontado como um dos fundadores da facção criminosa Primeiro Comando do Maranhão (PCM). Condenado a mais de 40 anos de prisão, ele estava foragido desde 2022.
A captura ocorreu no bairro Jardim Record, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo, e contou com o apoio da Polícia Civil paulista.
Fuga e operação de captura
O investigado estava foragido desde que recebeu o benefício da saída temporária do Dia das Crianças, em 2022, e não retornou ao sistema prisional. Contra ele havia um mandado de recaptura expedido pela 1ª Vara das Execuções Penais de São Luís.
A localização do foragido foi possível após um trabalho investigativo do Departamento de Combate ao Crime Organizado da Superintendência de Investigações Criminais (DCCO/SEIC) do Maranhão, que identificou o paradeiro de Gaspar no município paulista.
Histórico criminal
Segundo informações da agência de notícias do Governo do Maranhão, Josué é considerado um dos criminosos mais influentes da facção PCM, onde exercia papel de liderança. Ele responde a mais de 18 processos criminais pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação criminosa, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e roubo. A pena total de suas condenações soma 40 anos, 3 meses e 14 dias de reclusão.
Gaspar ingressou no sistema prisional maranhense em março de 2012, após ser preso em flagrante no município de Santa Rita, pelos crimes de associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada e posse de drogas para consumo pessoal.
Um ano depois, em 2013, enquanto ainda cumpria pena, foi intimado de um novo mandado de prisão por condenação pelo crime de roubo majorado pelo emprego de arma e concurso de agentes. No mesmo ano, foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), junto com outros detentos de alta periculosidade e com forte influência no tráfico de drogas e homicídios no Maranhão.
As investigações da Polícia Civil apontam que, com a aliança firmada entre o PCM e o Comando Vermelho, Gaspar migrou para o Comando Vermelho, onde passou a ocupar posição de destaque dentro da estrutura criminosa, tornando-se uma das principais lideranças da organização e assumindo funções estratégicas.
Entre os crimes pelos quais possui condenação, ele foi sentenciado a 21 anos, 10 meses e 3 dias de reclusão por liderar uma organização criminosa armada com atuação na região da Cidade Olímpica, na área Leste da Grande Ilha, além dos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. À época das condenações, Gaspar já se encontrava preso, e a sentença judicial destacou que ele, mesmo recolhido, mantinha poder decisório sobre o tráfico de drogas e sobre o chamado “tribunal do crime”, do qual era presidente.
Após os procedimentos legais em São Paulo, o preso será reencaminhado ao sistema prisional maranhense, onde permanecerá à disposição da Justiça para o cumprimento do restante da pena.
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