Entre 2019 e 2023, apenas 11 estados brasileiros conseguiram melhorar o desempenho de estudantes negros e pobres no ensino básico, segundo levantamento do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede) a partir dos resultados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). O Maranhão está entre eles, com avanços que o habilitaram a receber recursos adicionais do Fundeb por meio do mecanismo VAAR (Valor Aluno/Ano Resultado).

A melhora registrada coloca o estado ao lado de outras redes do Nordeste que conseguiram evoluir no período, como Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Para o Iede, esse resultado é relevante porque evidencia o esforço em reduzir desigualdades históricas que afetam sobretudo alunos pretos, pardos, indígenas e de baixa renda.

Apesar das dificuldades impostas pela pandemia, a rede estadual maranhense conseguiu avançar nos indicadores de aprendizagem, especialmente nos anos finais do ensino fundamental. Esse desempenho garantiu ao estado acesso ao VAAR, benefício voltado justamente a redes que comprovam avanços na educação de grupos mais vulneráveis.

O Inep, responsável pelo Saeb, explica que a evolução é considerada mesmo dentro da margem de erro, já que a avaliação busca respeitar diferentes realidades e evitar distorções em redes menores.

De acordo com o diretor-fundador do Iede, Ernesto Martins Faria, a experiência do Maranhão e de outros estados que avançaram mostra que “o grande desafio da educação brasileira é garantir equidade, permitindo que os mais pobres também tenham acesso ao aprendizado de qualidade”.

Enquanto estados como São Paulo, a maior rede do país, registraram queda no desempenho de alunos vulneráveis em matemática e português, o Maranhão conseguiu melhorar, ainda que de forma gradual, e figura hoje entre os que caminham na direção de reduzir as desigualdades educacionais.

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