
O clima de harmonia e parceria que levou à eleição de prefeitos e vices nas últimas eleições municipais, ocorrida em outubro de 2024, deu lugar a ataques, críticas e insatisfações que colocam antigos aliados em rota de colisão.
Não faz nem um ano desde que estiveram juntos solicitando votos dos habitantes de suas cidades para que as relações mudassem radicalmente entre eles.
Cada um no seu canto
Dos municípios da Grande São Luís, somente em Raposa, Eudes Barros (PL) e Marcio Greik (PDT) estariam vivendo em clima de paz e harmonia após quase sete meses de mandato. Na capital maranhense, não há rompimento entre Eduardo Braide e Esmênia Miranda (ambos do PSD), mas “é cada um no seu canto”.
Relações abaladas
Em São José de Ribamar, Dr. Julinho (Podemos) e seu companheiro de chapa, Natércio Santos (União), se distanciaram após o período eleitoral. Em entrevista ao programa Ordem do Dia, da Educadora FM (88.3 MHz), no mês de maio, o prefeito ribamarense abordou o tema.
Clima de rompimento
A situação na cidade Paço do Lumiar tomou contornos mais notórios durante as festividades juninas, depois que a vice-prefeita, Mariana Brandão (MDB), anunciou a realização de um evento junino na sede do município sem o apoio da prefeitura, comandada por Fred Campos (PSB). Segundo blogs da cidade, o incômodo com o desempenho da vice-prefeita nas redes sociais também estaria causando ciumeira na primeira-dama Maedja Campos.
Prefeito é criticado por vice
No interior do estado, contudo, os mandatários municipais que foram eleitos com apoio de antigos aliados enfrentam disputas internas e, em alguns casos, romperam com colegas de chapa. Na cidade de Cedral, no litoral maranhense, a vice-prefeita Zica do Sindicato (PSB) já chegou a tecer críticas ao prefeito Danilo Moraes (PSB).
Vice constrange prefeito
No município de Imperatriz, apesar de não haver notícias de racha, a vice-prefeita manifestou em público, no mês de junho, sua insatisfação com o companheiro de chapa. Na ocasião, Carol Pereira (União) disse que Rildo Amaral (PP) não lhe atende porque vem trabalhando muito. A declaração constrangedora ocorreu durante um ato na presença de várias autoridades, incluindo o governador Carlos Brandão (PSB), que também está lidando com o vice-governador Felipe Camarão (PT).
Racha por quebra de acordo
Na cidade de Tutóia, o clima também azedou. Por lá, prefeito e vice romperam com apenas três meses de mandato após vazar um áudio do vice-prefeito “Francisco Ben Ti Vi” (Avante) contra o Viriato Cardoso (PL). Na ocasião, “Ben Ti Vi alega não cumprimento de acordo político com Viriato desde que os dois assumiram o mandato em janeiro de 2025.
Prefeito é acionado pela vice
Situação parecida ocorre em Buriti, com o clima beligerante do prefeito André Gaúcho (Republicanos) com sua vice-prefeita Ana Lúcia Frazão (União Brasil). Ela, inclusive, chegou a empossada no cargo de prefeita por determinação judicial, após o mandatário viajar ao exterior com a família sem comunicar ou solicitar autorização da Câmara Municipal, como exige a legislação.
A convivência entre prefeitos e vices, tem sido marcada por uma guerra silenciosa, embora nem sempre explícita. Conforme o tempo passa e o distanciamento aumenta, as divergências entre os companheiros de chapa se tornam mais evidentes, com cada um começando a se isolar.

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