Em junho de 2002, a consultora de língua portuguesa Thaís Nicoleti de Camargo publicou um artigo na Folha, no qual abordava a ideia de que negar pode ser uma forma de afirmar. Segundo ela, a negativa também pode ser usada para atenuar ideais desagradáveis.
Foi basicamente isso que ocorreu em nota divulgada nesta segunda-feira, 1º/09, pelo deputado estadual Othelino Neto. O comunicado do parlamentar desmentiu uma afirmação feita pela jornalista Karla Lima, da TV Mirante, que falava sobre supostos movimentos de oposicionistas para afastar o governador Carlos Brandão e abrir caminho para o vice-governador Felipe Camarão.
No quadro Bastidores, conduzido pelo jornalista Kambalau, a comentarista sugeriu a existência de uma conspiração contra o grupo Brandão nos bastidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Othelino Neto, Leandro Bello e Márcio Jerry foram citados como os arquitetos do plano.
Othelino, por outro lado, negou a acusação, apesar de ter sugerido que qualquer processo judicial em curso poderia ser consequência das ações do governador.
“A sociedade sabe que qualquer ação judicial em curso é fruto exclusivo dos atos e escolhas do próprio governador, e somente ele deve responder por suas consequências. Não aceitarei que mentiras sejam usadas para manipular a opinião pública”, afirmou.
Após a declaração no comunicado, surgiu uma dúvida: o deputado “afirmou negando” ou “negou afirmando”?
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