
A empresária Tatiele de Sousa Silva, sócia do Atacadão Bom Preço, nome fantasia da empresa T de S Silva Ltda., juntamente com seu esposo, José Isac Lobato Paiva, aparece registrada no CadÚnico como beneficiária de programas sociais, entre os quais se destaca o Bolsa Família.
O casal foi preso nessa sexta-feira, 24, pela Polícia Federal após a realização do saque de R$ 700 mil reais, em uma agência bancária localizada no município de Zé Doca/MA.
Os policiais descobriram, durante as investigações, que a empresa dos suspeitos possuía contratos com prefeituras maranhenses no valor de R$ 6,2 milhões.
Durante as diligências, ficou evidente que a firma não dispõe de uma estrutura operacional adequada para gerenciar a quantia mencionada, considerando que alguns desses contratos envolvem recursos federais destinados à educação.
Além disso, conforme as investigações, Tatiele Silva se tornou oficialmente sócia do Atacadão Bom Preço em 26 de janeiro de 2017, aos 23 anos de idade.
‘Milionária’ no Bolsa Família
Segundo o blog do Isaías Rocha apurou, a empresária com contratos milionários foi beneficiária de abril a setembro de 2020 do Auxílio Emergencial – “Coronavoucher’, com valor disponibilizado de R$ 600,00.
Ela também aparece no CadÚnico com status “ativo” como beneficiária de programas sociais, entre os quais se destaca o Bolsa Família, conforme documento em anexo.
Prefeito aparece em transações
O cadastro dela é do município de Pedro do Rosário, administrado pelo prefeito Domingos Erinaldo Sousa Serra – o Toca Serra (PCdoB), que figura em relatório do COAF em transações com a empresa dos investigados. Contudo, iremos revelar os detalhes nos próximos dias.
‘Dinheiro para pagar Bolsa Família’
Durante a abordagem, quando indagada sobre o propósito do saque em dinheiro, Tatiele Silva disse aos agentes, inicialmente, que seria para ressarcir os beneficiários do Bolsa Família na cidade pedrorosariense, embora não tenha esclarecido como esses pagamentos seriam feitos. Depois, afirmou que o dinheiro seria usado para pagar boletos vinculados ao seu estabelecimento comercial.
Versões contraditórias sobre o dinheiro
O marido dela, contudo, forneceu versões contraditórias sobre a origem e o destino do dinheiro, afirmando inicialmente que se tratava de valores oriundos de um financiamento bancário. Em razão das inconsistências e dos evidentes sinais de ocultação da origem ilícita dos fundos, os envolvidos foram presos em flagrante.
O valor em dinheiro e os dispositivos eletrônicos apreendidos foram enviados para exame pericial e rastreamento financeiro, visando detectar possíveis desvios de recursos públicos e identificar outros envolvidos no esquema criminoso.
Os detidos foram transferidos para o sistema prisional, onde ficarão sob a jurisdição da Justiça Federal. O caso tramita na 1ª Vara Criminal Federal, cujo titular é o juiz Ney de Barros Bello Filho.
AuPrFl 1087685-44.2025.4.01.3700
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