Enquanto cantores e som do paredão agitam o ambiente, grupos se divertem e consomem bebidas em pé ou acomodados nas mesas. A descrição faz referência a uma festa, porém o  encontro estava sendo realizado de forma irregular em um posto de combustíveis localizado na Avenida Pedro Cunha Mendes, 485 – Centro, Pedro do Rosário – MA, sem autorização.

O local é o mesmo onde a empresária Tatiele de Sousa Silva, sócia do Atacadão Bom Preço, nome fantasia da empresa T de S Silva Ltda., revelou à Polícia Federal (PF) desconhecer o funcionamento de outra empresa em seu nome: a T. de Sousa Silva Combustível, razão social do Posto Bom Preço, conforme revelamos na última terça-feira, 28.

Um vídeo obtido pelo blog de Isaías Rocha mostra o momento em que a Polícia Militar do Maranhão (PMMA) encerra a festa que acontecia no local, sem licença. De acordo com denúncias, o espaço era usado para o consumo de bebidas alcoólicas e causava poluição sonora, perturbando os moradores da região durante a madrugada.

Durante a ação, um carro com sistema de som foi desligado. Na ocasião, o empresário Elinilson de Sousa Silva declarou ser o ‘proprietário do setor’ em que o evento ocorreria que, coincidentemente, seria o mesmo endereço do ‘Posto Bom Preço’.

“Vamos saber quem tem mais moral aqui em Pedro do Rosário, se eu ou tu”, afirmou o empresário, segurando o celular e tentando ligar para alguém, com o intuito de humilhar o policial que foi encerrar a festa clandestina. “Eu não estou aqui para discutir com o senhor, mas aqui é o meu setor”, completou em sua tentativa de intimidar o militar.

Depois de ser detida pela Polícia Federal sob suspeita de lavagem de dinheiro — após sacar R$ 700 mil de uma agência em Zé Doca — a empresária Tatiele de Sousa Silva afirmou, em depoimento à PF, que seu irmão Elinilson Silva foi quem contratou o advogado, que é procurador do município de Pedro do Rosário.

Uma semana depois do episódio, Elinilson aparece em vídeos afirmando ser o “dono do setor” onde a empresa de sua irmã está registrada, a qual ela diz não conhecer seu funcionamento do empreendimento. As imagens podem ser utilizadas no inquérito da PF, que busca identificar outros envolvidos no suposto esquema criminoso que estaria desviando recursos destinados à educação.

Leia mais notícias em isaiasrocha.com.br e nos sigam nas redes sociais: FacebookTwitterTelegram Tiktok. Leitores também podem colaborar enviando sugestões, denúncias, criticas ou elogios por telefone/whatsapp (98) 9 9139-4147 ou pelo e-mail isaiasrocha21@gmail.com