Por São Luís vive nessa segunda-feira (17) uma paralisação de parte significativa do transporte público. Motoristas e cobradores das empresas Expresso Marina e Viação 1001 entraram em greve — a Marina por atraso salarial, segundo o Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.

O impacto é grande – A base do impasse está no repasse de subsídios da prefeitura — segundo o SET (Sindicato das Empresas de Transporte), a Prefeitura de São Luís não repassou aproximadamente R$ 7 milhões desde o começo de novembro.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) afirmou que as negociações trabalhistas são responsabilidade das empresas de transporte e que aguarda entendimento entre empresas e rodoviários.

Reações políticas e cobrança institucional

O vereador Astro de Ogum (PCdoB) pediu providências da Prefeitura para o transporte público. Ele defende, inclusive, a lotação para permitir a entrada de novas empresas concessionárias;

Já o vereador Dr. Joel (PSD) ressaltou que a SMTT está conduzindo estudos técnicos para uma nova licitação, na tentativa de resolver de forma estrutural o problema do transporte;

O Coletivo Nós, na tribuna da Câmara, destacou os resultados da CPI dos Transportes, feita em 2024, e criticou a gestão da SMTT. A CPI apontou fragilidades administrativas nos contratos emergenciais firmados pela Prefeitura;

E o vereador André Campos (PP) reforçou a necessidade de uma nova licitação para o transporte público. Ele foi além: afirmou que o prefeito Eduardo Braide pode ter cometido crime de improbidade administrativa por causa da crise no sistema.

Por que a greve hoje?

Atraso salarial:
a paralisação da Marina está diretamente relacionada à demora no pagamento de salários, segundo os rodoviários.

Repasse do subsídio: as empresas culpam a Prefeitura por não fazer o repasse integral do subsídio, recurso considerado vital para manter a operação.

Cláusula de frota: a Prefeitura condiciona o pagamento total do subsídio ao retorno de 100% da frota às ruas — algo não cumprido até agora, segundo a gestão municipal.

Consequências para a população

Muitas pessoas enfrentam longas esperas por ônibus ou até falta de opção para se deslocar.

Há risco de que a paralisação se estenda para outras empresas se o impasse não for resolvido.

A Prefeitura já mencionou oferecer, como medida emergencial, corridas por aplicativo para amenizar o impacto da greve.

A greve desta segunda expressa uma crise mais profunda no transporte público de São Luís — não é apenas uma paralisação pontual, mas parte de um conflito estrutural entre empresas, trabalhadores e Executivo municipal. A pressão política se intensifica, com vereadores cobrando mudanças urgentes e até novas licitações para evitar que episódios como esse se repitam.

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