O advogado Carlos José Luna dos Santos Pinheiro, acusado de ligação com organização criminosa formada por quatro desembargadores e dois juízes de primeira instância do Tribunal de Justiça do Maranhão, tentou destruir provas sobre compra de sentenças na Corte. A informação é do Estadão.
De acordo com a publicação, o episódio ocorreu durante a Operação 18 Minutos, deflagrada em 14 de agosto de 2023 pela Polícia Federal (PF), ocasião em que Luna arremessou seu celular pela janela do apartamento no 10.º andar do prédio onde reside em São Luís.
O esquema envolve quatro desembargadores e dois juízes, além de movimentar R$ 54,7 milhões em suposta venda de sentenças. O porteiro do prédio onde o causídico reside recolheu o celular danificado e o entregou aos agentes. A perícia confirmou os danos, mas técnicos do Instituto de Criminalística conseguiram recuperar dados do aparelho.
Segundo a PF, o advogado agiu de forma voluntária para embaraçar as investigações. Além disso, Luna é acusado de corrupção ativa em nove casos e de 413 atos de lavagem de dinheiro.
Outro advogado tentou apagar evidências
Edilázio Gomes da Silva Júnior, ex-deputado e genro da desembargadora Nelma Sarney, também tentou apagar evidências. Ele restaurou as configurações de fábrica de seu celular após ser alertado sobre a operação.
A PF afirma que Edilázio atuou como intermediário entre advogados e magistrados no esquema. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusa de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Mensagens comprometem desembargadora
Investigadores encontraram trocas de mensagens entre Nelma Sarney e Edilázio, mostrando ajustes em decisões judiciais. Em um caso, o ex-deputado sugeriu o texto de uma sentença, que foi reproduzido pela desembargadora.
O nome da operação refere-se ao tempo que o grupo levava para sacar valores obtidos ilegalmente.
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