Enquanto o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), tenta se projetar na pandemia com uma política de segredo incompatível com os princípios que norteiam a administração pública, o governador Flávio Dino (PCdoB) trabalha para impedir que a capital maranhense não tenha que passar pela dramática situação vivida de Manaus, que sofreu com o aumento do número de mortes pela Covid-19 e com a falta de oxigênio dos hospitais.

O chefe do executivo estadual disse em entrevista coletiva virtual, nesta sexta-feira (4) que a tendência de ocupação hospitalar continua em crescimento tanto na rede estadual como na rede privada. Ele, entretanto, reforçou a necessidade de ampliação da oferta do número de leitos.

Ele destacou ainda que na Ilha de São Luís, a ocupação de leitos de UTI é de 97,77% e de leitos clínicos de 93,05%. Para isso, adiantou que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) estuda a possibilidade de utilizar as UPAs como porta de entrada do coronavírus.

A medida deverá ser anunciada nas próximas horas pelo secretário Carlos Lula em reunião com secretários de saúde dos 4 municípios da Ilha. Assim, a capital São Luís não corre o risco de colapsar com as chegadas de pacientes do interior, como aconteceu em Manaus.

Descentralizar para não colapsar

A estratégia anunciada por Flávio Dino já tinha sido elogiada pelo vereador Paulo Victor em pronunciamento no dia 11 do mês passado. Naquela data, o parlamentar – que estava em plenário com cópia de uma reportagem da Revista Veja apontando o Maranhão como bom exemplo no combate à pandemia – disse que o governador Flávio Dino chamou a responsabilidade para si ao descentralizar o atendimento para pacientes.

“O governo do governador Flávio Dino é tipificado como o melhor exemplo no combate à Covid. Ou seja, o nosso Maranhão tem a menor mortalidade no Brasil. Vale destacar que o bom resultado foi obtido porque o atendimento foi extremamente descentralizado. Tivemos 18 sub-regionais aonde não foi colapsado a nossa capital maranhense como ocorreu em Manaus, [no Amazonas]. Ou seja, o pronto atendimento e o atendimento de urgência e emergência se dá pelas cidades, mas ao contrário de outros estados, o nosso governador orientou que as UPAs recebessem os casos de Covid-19 evitando um colapso no sistema de saúde municipal”, concluiu.

Menor taxa de mortalidade

Com uma população de cerca de 7 milhões de pessoas, o Maranhão mantém a menor taxa de mortalidade no país (1.140 por cada 100 mil habitantes), enquanto a média nacional é de 2.220 por cada 100 mil habitantes.

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