São Luís está entre os piores municípios no ranking de saneamento básico do Brasil

São Luís, a principal cidade do Maranhão, segue enfrentando sérios problemas com o saneamento básico e mantém-se entre os municípios brasileiros com pior desempenho no setor. De acordo com a 17ª edição do Ranking do Saneamento 2025, publicada pelo Instituto Trata Brasil, a capital maranhense ocupa a 91ª posição no Índice de Perdas na Distribuição de Água entre os 100 maiores municípios do país.

O dado indica problemas persistentes de infraestrutura e gestão na Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA, corroborado pela perspectiva da sociedade. A avaliação leva em conta critérios como fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, perdas e investimentos. O levantamento foi divulgado às vésperas da COP-30, em parceria com GO Associados. Eis a íntegra – (2 MB)

Tratamento de esgoto

Das 27 capitais brasileiras, apenas cinco tratam ao menos 80% do esgoto gerado: Curitiba (PR), Brasília (DF), Boa Vista (RR), Rio de Janeiro (RJ) e Salvador (BA). Enquanto quatro capitais tratam abaixo de 20% do esgoto coletado: Porto Velho (RO) com 12,18%; Macapá (AP) com 14,42%; São Luís (MA) com 15,89%; e Teresina (PI) com 19,19%.

Na média nacional, as estatísticas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto tiveram piora nos resultados, na comparação com a edição do ano passado. Segundo o Trata Brasil, a principal explicação é o ajuste do cálculo populacional a partir da divulgação do novo Censo.

Antes, estimava-se um número maior de pessoas por residência, o que agora foi ajustado, explicou o instituto, que trata a redução dos índices como “um ajuste à realidade do país, não indicando uma piora objetiva na cobertura do saneamento no país, mas sim uma medição mais refinada e precisa”.

Os 20 piores municípios – incluindo a capital maranhense – tiveram um investimento anual médio de R$ 78,40 por habitante, cerca de 65% abaixo do patamar médio necessário para a universalização, de R$ 223,82, valor estabelecido no Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab).

Além do padrão de investimento, existem metas nos índices de coleta e tratamento definidos no Novo Marco Legal do Saneamento. Para que se tenha resultado considerado “satisfatório”, o acesso à água precisa ser de 99%, a coleta de esgoto 90%, e o tratamento de esgoto 80%.

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