Vereadora que acusa vice-prefeito de estupro diz ter perdido o telefone após solicitação para perícia em celular

A presidente da Câmara de Afonso Cunha, vereadora Júlia Maria Rodrigues Silva, que acusou o vice-prefeito Floriano Pereira da Costa, por tentativa de estupro, injúria e lesão corporal, afirmou nesta quinta-feira (28) que perdeu o celular e estava impossibilitada de usar o WhatsApp ou receber chamadas. Por meio de um comunicado publicado nas redes sociais, a parlamentar solicitou aos amigos e seguidores que ignorassem qualquer mensagem duvidosa que mencionasse seu nome.

Segundo o blog do Isaias Rocha apurou, o suposto extravio veio à tona exatamente no dia em que a defesa do vice-prefeito apresentou à Delegacia de Polícia Civil de Coelho Neto, encarregada do Inquérito Policial nº 19996/2025 que apura o caso, a execução de diligências imprescindíveis à elucidação dos fatos.

Isso inclui, por exemplo, a apreensão e análise pericial de dispositivos eletrônicos, com a inclusão dos telefones da vereadora, para corroborar a afirmação de que o acusado teria contatado a vítima, conforme relatado por uma das testemunhas.

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A solicitação foi baseada em um depoimento que expôs um suposto plano usado no ano de 2017 para incriminar um indivíduo conhecido como José Pinho, ex-radialista da cidade. Na época, conforme o trecho do documento em anexo, o caso envolveu uma irmã da vereadora, conhecida por ‘Loira’ – a mesma que figura em vídeos divulgando o novo episódio que agora envolve o vice.

Na petição à qual tivemos acesso, a defesa argumenta que a não realização dessas providências implicará em cerceamento de defesa, comprometendo a lisura da persecução penal e vulnerando o princípio da verdade real, pois se trata de elementos de prova indispensáveis à compreensão plena e objetiva da conduta do investigado.

Ainda não se sabe se o desaparecimento do telefone foi intencional ou uma tentativa da vítima de obstruir as investigações. Desde o início, o acusado alega que o caso é uma ‘armação’ política contra ele.

Outro lado

Tentamos contato com a chefe do legislativo afonso-cunhense para obter um posicionamento dela e confirmar se foi feito algum registro de ocorrência relacionado ao extravio do celular. Contudo, até o fechamento desta publicação, não obtivemos sucesso. O espaço segue aberto para atualizações.

O que diz a legislação? 

Quem faz uma falsa comunicação à polícia, ou seja, relata um crime que sabe não ter acontecido, comete o crime de comunicação falsa de crime, previsto no artigo 340 do Código Penal. A pena para este crime é detenção de um a seis meses ou multa, conforme artigos do Código Penal.

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