A crescente crise de imagem vivida pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) durante sua passagem pelo Palácio dos Leões começa a dificultar suas aspirações na disputa pela única vaga do Maranhão no Senado que será aberta este ano.

Segundo a pesquisa Econométrica/O Imparcial divulgada nesta quarta-feira (17), o candidato mais rejeitado entre os concorrentes continua sendo o ex-governador. De acordo com os dados, 27,7% dos entrevistados não votariam no socialista de jeito algum.

Porém, esse número mostra uma oscilação. Na última pesquisa do mesmo instituto, no mês passado, sua rejeição era de 29,1%. Essa diminuição se dá, provavelmente, pela estratégia de ignorar os indicadores de pobreza que foram piorados durante seus sete anos de governo.

Sobe e desce

Enquanto subiu na rejeição, Flávio Dino viu o senador Roberto Rocha (PTB) descer nesse quesito. O petebista iniciou a pré-campanha liderando esse cenário, mas hoje já figura em terceiro lugar com índice de rejeição de 23,4%, atrás até mesmo de Antônia Cariongo, que aparece em segundo, rejeitada por 26% do eleitorado.

Os números que colocaram o ex-mandatário do Palácio dos Leões no “pódio” dos rejeitados lhe obrigaram a intensificar esforços para evitar o vexame. A rejeição a Flávio Dino pode ter sido motivada pela aliança com o grupo Sarney, criando uma espécie de “pacto pela miséria” no estado mais pobre do Brasil.

Favoritismo ameaçado

Conforme já revelamos anteriormente, a rejeição crescente coloca Flávio Dino como o menos favorito para assumir vaga no Senado entre os antigos chefes que estiveram à frente do Executivo estadual até o dia 31 de março.

Na corrida eleitoral, o ex-governador maranhense continua na liderança, passando dos 48,5% das intenções em julho para 52,4% em agosto. Ele é seguido pelo candidato à reeleição Roberto Rocha, que saiu dos 27,9% para 28,3% do eleitorado pesquisado. A diferença entre eles também vem caindo e hoje chega a 24,1%.

Memória

Em 2014, quando disputou sua primeira eleição ao Senado, Roberto Rocha saiu atrás na disputa. Na época, pesquisa Ibope divulgada no dia 06 de setembro, apontou o petebista com apenas 19% contra 29% de Gastão Vieira.

Ao final do pleito, entretanto, acabou vencendo a disputa com 51,4% dos votos válidos (1,4 milhão), superando Gastão Vieira com 44%, que mesmo com apoio de José Sarney chegou a 1,2 milhão de votos.

Oito anos depois, Rocha volta a enfrentar um candidato apoiado pela família Sarney e entra no pleito com uma diferença: já conta com um percentual de rejeição menor do que seu principal concorrente.

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