
A greve é o instrumento mais radical que os trabalhadores têm para pressionar os patrões, sejam eles grandes empresas multinacionais, instituições financeiras ou governos. O imaginário sindical brasileiro é marcado por grandes greves heroicas: Contagem e Osasco, em 1968; ABC Paulista, em 1978; Volta Redonda, em 1988; e, a greve nacional dos petroleiros de 1995. Duramente reprimidas pelos aparatos policiais do Estado, todas são celebradas muito mais pelos seus significados políticos do que pelos seus ganhos econômicos.
Contudo, em São Luís, a greve pode revelar na verdade a fragilidade de um prefeito que saiu da euforia à crise sem precedente. Em 2020, o tom da campanha eleitoral para prefeito de São Luís foi o de convencer a população de que para governar a capital era preciso estar pronto. E este tom foi necessários porque os que disputavam o pleito não tinham experiência comprovada como gestor a não ser as secretarias e órgãos que controlaram por questões políticas.
E com o discurso de que estudou, de que sabiam os problemas de São Luís e as soluções a serem implementadas além, claro, da figura do novo para a gestão da capital os candidatos a prefeito levaram ao eleitor as promessas de uma São Luís do futuro com Saúde, Educação e Infraestrutura de qualidade.
Com tantos discursos parecidos, a maioria do eleitorado decidiu por Eduardo Braide (sem partido), até aquele momento, deputado federal. Mais do que os seus adversários, Braide abusou da expressão “estou pronto” para convencer os ludovicenses de que ele transformaria São Luís. E convenceu.
No entanto, ele vendeu e não entregou o produto prometido durante a campanha eleitoral. Em menos de um ano e meio de gestão, Eduardo Braide acumula recordes ruins em São Luís. Ele conseguiu, em 10 meses, ter a mais longa greve de rodoviários com 100% da frota paralisada.
Em menos de quatro meses, ele demonstrou conivência ou incompetência na crise do transporte público e deixou a população enfrentar uma greve de mais de 40 dias. Com reajuste de tarifas dos ônibus, subsídios para empresários e garantia de pagamento do reajuste salarial dos rodoviários, Braide colocou fim a greve mais longa da história da capital.
Antes disto, o prefeito teve que olhar os trabalhadores da limpeza dos hospitais públicos da capital paralisarem suas atividades por falta de cumprimento de acordo salarial. Foram cerca de 48 horas sem recolhimento de lixo e limpeza nas unidades de saúde de São Luís.
Depois disto, os trabalhadores da limpeza pública cruzaram os braços por cerca de 24 horas, o que deixou a cidade com acúmulo de lixo em vários bairros.
E as crises não param por aí. Braide deixou alunos da rede pública de ensino seis meses sem receber a cesta básica. Deixou os alunos ainda sem escola durante todo o ano de 2021 e a maior parte dos alunos sem escola este ano.
Motivo? Não garantiu ano passado as aulas remotas como ele tanto prometeu em 2020 e não fez as manutenções e reformas nas unidades de ensino no município deixando mais de 70% dos prédios das escolas sem qualquer condição de uso.
Agora tem que enfrentar uma greve de professores porque não garantiu reajuste salarial a mais de 99% dos docentes. Pelo contrário, sem avançar na negociação com a categoria, Braide preferiu ir para o enfrentamento e organizar uma campanha publicitária para tentar enfraquecer o movimento grevista.
Por enquanto, sem o efeito esperado já que mais de 2 mil professores foram nesta segunda-feira, 18, às ruas do Centro da capital para protestar por reajuste salarial e melhoria de condições de trabalho.
Os agentes de limpeza de hospitais paralisaram de novo suas atividades.
E assim vai se passando a gestão de Eduardo Braide que não parece estar pronto de fato para governar São Luís, uma cidade que está suja, cheia de buracos, com educação precária e hospitais sujos com baratas, ratos e lixo acumulado. (Com informações do Imirante.com)
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Qd se está candidato o discurso é um; após eleito, é outro. Braide encontrou inúmeros problemas na administração, mas ele faz muito pouco para saná-los. Qd gestores assumem têm que pagar os apoios recebidos, porque não existe almoço grátis em política. Ele deveria pelo menos ter tentado reduzir o número de secretarias para tentar enxugar a máquina, mas não o fez. Na Semed, ele piorou o que Edivaldo deixou de ruim. Os vigilantes continuam cobrando seus salários atrasados, as merendeiras vivem uma situação de fragilidade com salários muito baixos, agora que os professores estão em greve, ad merendeiras não receberão por estes dias parados, ou seja, se os professores ficarem 3 meses em greve como ocorreu na gestão passada. Esse período é descontado do salários das profissionais como se elas tivessem faltado ao serviço. Ele renovou pela segunda vez na gestão dele o contrato com o grupo paulista mesmo ciente desses problemas. A empresa Transporter é outro câncer que a gestão dele ficou refém e tb teve pela segunda vez o contrato renovado na gestão Braide. A Clasi é outra empresa que fixou raiz na administração municipal desde janeiro de 2013 e nunca mais saiu. Os professores estão lutando uma luta inglória haja vista que o prefeito finge que faz um bom governo, e os professores não querem trabalhar. Eu trabalho em escola há anos, e a Semed não só na gestão atual, mas também em gestões passadas deixam muito a desejar. Na propaganda todo governo é bom e eficiente, mas quem vive a realidade sabe que a peça publicitária é para enganar a massa. O pessoal da saúde, sem comentários são desvalorizados, há anos não tem concurso público, muitos trabalham como técnico de enfermagem para receber menos de um salário mínimo nuns contratos de trabalho “estranho”. Enfim, é redundante falar que a gestão Braide já nasceu morta.